Tesouro Direto: taxas sobem apesar de deflação; o que significa?
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Os juros pagos pelos títulos públicos nesta terça-feira (26) foram maiores do que na sessão de ontem. O mercado, que já esperava sinais de contração na inflação, recebeu uma deflação menor no IPCA-15 publicado hoje.
O mercado recebeu mal os números, que indicou maior pressão de itens importantes para a política monetária do Banco Medial. Assim, os investidores reduzem as suas apostas por cortes de juros.
- No fechamento dos negócios, os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+) com vencimento em 2029 pagavam juros de 7,78%, aquém dos 7,82% da última sessão. Os intermediários da modalidade, com vencimento em 2040, remuneraram 7,15%, pouco menos dos 7,17% cravados na sexta-feira.
- Entre os papéis prefixados, os de pequeno prazo, com vencimento em 2028, pagaram 13,22%, menor do que a rentabilidade oferecida na sexta, de 13,26%. Aqueles com vencimento em 2032 ofereceram juros de 13,79%, muito aquém dos 13,86% pagos na sessão anterior.
Em qual título público investir?
De convénio com analistas do Itaú BBA, a manutenção da taxa Selic em 15% ao ano e a postura firme do Banco Medial reforçam que, no pequeno prazo, o carrego dos títulos segue ressaltado.
Neste sentido, eles recomendam três modalidades de títulos com prazos diferentes:
- Títulos prefixados com prazo de tapume de 3 anos: continuam atrativos, recompondo os níveis de taxas observados em junho. O carrego segue ressaltado e a sensibilidade desses papéis a uma eventual desaceleração da atividade econômica é relevante, principalmente se houver mudança do cenário terminal da taxa Selic;
- Títulos IPCA+ com prazos a partir de 5 anos: seguem uma vez que a principal selecção para conquistar o processo de desinflação e desaceleração previsto para os próximos anos, sem furar mão de proteção contra surpresas inflacionárias. A taxa real de 5 anos segue ao volta de 7,5% ao ano — patamar historicamente ressaltado;
- Títulos pós-fixados (Tesouro Selic): continuam sendo a melhor opção para investidores com horizonte de até dois anos. O carrego oferecido permanece ressaltado, e a visibilidade sobre cortes no pequeno prazo ainda é baixa. Essa classe segue eficiente tanto para alocações defensivas quanto para criar caixa em carteiras mais diversificadas.
Desempenho do Tesouro Direto nesta terça-feira (26)
| Título | Investimento Mínimo | Rendimento Anual | ||
| Tesouro Selic 2028 | R$ 171,98 | SELIC + 0,05% | 01/03/2028 | |
| Tesouro Selic 2031 | R$ 171,21 | SELIC + 0,105% | 01/03/2031 | |
| Tesouro Prefixado 2028 | R$ 7,47 | 13,22% | 01/01/2028 | |
| Tesouro Prefixado 2032 | R$ 4,42 | 13,79% | 01/01/2032 | |
| Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2035 | Juros semestrais | R$ 8,23 | 13,94% | 01/01/2035 |
| Tesouro IPCA+ 2029 | R$ 34,43 | IPCA + 7,78% | 15/05/2029 | |
| Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 | Juros semestrais | R$ 41,73 | IPCA + 7,51% | 15/05/2035 |
| Tesouro IPCA+ 2040 | R$ 16,23 | IPCA + 7,15% | 15/08/2040 | |
| Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2045 | Juros semestrais | R$ 40,46 | IPCA + 7,27% | 15/05/2045 |
| Tesouro IPCA+ 2050 | R$ 8,46 | IPCA + 7,00% | 15/08/2050 | |
| Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2060 | Juros semestrais | R$ 38,83 | IPCA + 7,21% | 15/08/2060 |
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