Tesouro Direto: taxas sobem de olho no exterior; vale comprar hoje?
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Os juros pagos pelos papéis do Tesouro Direto ofereceram menos retorno ao investidor nesta quarta-feira (21), em conferência com o fechamento de ontem. Pesou sobre o mercado de títulos públicos hoje a preocupação dos agentes com a deterioração do déficit fiscal americano, à medida que parlamentares debatem o projeto orçamentário do presidente Donald Trump, que prevê incisão de impostos.
O clima tem feito os juros dos títulos americanos dispararem. O investidor brasiliano está sempre de olho na trajetória dos títulos americanos, já que a atratividade da renda fixa por lá influencia na atratividade dos emergentes, porquê o Brasil.
Vale lembrar que, ontem, os papéis do Tesouro Prefixado se distanciaram dos 15% de taxa visto no primórdio do ano. Os atrelados à inflação também mudaram de patamar e os 6% já são verdade.
É um bom momento para comprar? Para quem ainda vai investir, mesmo com menos disparadas, o investimento ainda é boa oportunidade nos atuais patamares. Para quem já tinha o investimento na carteira, segue a recomendação de levar até o vencimento para ter o que foi acordado no momento da compra.
Analistas do mercado veem os papéis ligados ao IPCA porquê boa opção para se ter na carteira, uma vez que eles ajudam a proteger os investimentos do aumento dos preços. No caso dos prefixados, o aviso é de cautela diante do nível inferior da taxa básica de juros, hoje em 14,75%.
- No fechamento dos negócios, os juros do papel atrelado ao IPCA com vencimento em 2029 pagava 7,28%, supra dos 7,26% oferecidos na sessão de ontem; destaque também para o título com vencimento em 2050, que abandonou o patamar dos 7% e hoje paga 6,99% (frente aos 6,96% anterior);
- Já entre o papel prefixado com vencimento em 2028 pagava 13,53%, supra dos 13,49% pagos na sessão anterior. O papel segue pagando menos do que o atual patamar da Selic, de 14,75%, o que pode ser um alerta para o investidor evitar fixar o investimento nesse patamar. Já o título com vencimento em 2032 oferece taxa de 13,97%, supra dos 13,92%.
Desempenho do Tesouro Direto nesta quarta-feira (21)
| Título | Rentabilidade anual | Investimento mínimo | Preço Unitário | Vencimento |
| Tesouro Prefixado 2028 | 13,53% | R$ 7,18 | R$ 718,32 | 01/01/2028 |
| Tesouro Prefixado 2032 | 13,97% | R$ 4,23 | R$ 423,01 | 01/01/2032 |
| Tesouro Prefixado com juros semestrais 2035 | 14,14% | R$ 8,35 | R$ 835,18 | 01/01/2035 |
| Tesouro Selic 2028 | SELIC + 0,0601% | R$ 165,71 | R$ 16.571,05 | 01/03/2028 |
| Tesouro Selic 2031 | SELIC + 0,1119% | R$ 164,92 | R$ 16.492,44 | 01/03/2031 |
| Tesouro IPCA+ 2029 | IPCA + 7,28% | R$ 34,16 | R$ 3.416,60 | 15/05/2029 |
| Tesouro IPCA+ 2040 | IPCA + 7,05% | R$ 16,06 | R$ 1.606,34 | 15/08/2040 |
| Tesouro IPCA+ 2050 | IPCA + 6,99% | R$ 8,28 | R$ 828,30 | 15/08/2050 |
| Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2035 | IPCA + 7,23% | R$ 41,48 | R$ 4.148,19 | 15/05/2035 |
| Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2045 | IPCA + 7,18% | R$ 39,84 | R$ 3.984,82 | 15/05/2045 |
| Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2060 | IPCA + 7,12% | R$ 39,63 | R$ 3.963,98 | 15/08/2060 |
Vale lembrar que as taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais. O que significa expressar que, tanto nos papéis prefixados quanto naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice e versa.
Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — já que assegura rentabilidade maior se mantiver a emprego até o vencimento, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica em perda temporária para quem possui os títulos na carteira.
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