Tesouro Direto: taxas têm direções opostas após leilão
O Tesouro Nacional vendeu quase a totalidade dos papéis ofertados a taxas mais baixas que o esperado pelo consenso do mercado Os juros oferecidos pelos títulos públicos têm caminhos diferentes nesta quinta-feira (9), de acordo com a modalidade. Os papéis atrelados à inflação pagam mais, até 7,73%, além do IPCA do período, e os prefixados pagam menos, em comparação com o fechamento da sessão anterior
Por quê?
O Tesouro Nacional vendeu quase a totalidade dos papéis ofertados a taxas mais baixas que o esperado pelo consenso do mercado, o que pode indicar maior demanda pelos papéis da dívida brasileira, em um movimento que ajuda a derrubar adicionalmente parte dos retornos.
O lote dos papéis ofertados pelo Tesouro foi bastante relevante e incluiu 2,5 milhões de NTN-Fs, títulos prefixados de longo prazo, que costumam ser mais demandados por investidores estrangeiros.
Após o leilão, os juros futuros passaram a cair em bloco. De acordo com o Valor, analistas de mercado interpretam o leilão como uma mudança de postura por parte do Tesouro e a sinalização de que o órgão irá emitir mais prefixados e títulos atrelados à inflação neste ano, além de buscar reduzir a parcela de LFTs na composição da dívida.
Vale lembrar que as taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais. O que significa dizer que, tanto nos papéis prefixados quanto naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice e versa. Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — já que assegura rentabilidade maior se mantiver a aplicação até o vencimento, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica em perda temporária para quem possui os títulos na carteira.
Desempenho do Tesouro Direto nesta quinta-feira (9)
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