Tesouro Direto: títulos públicos de inflação e prefixados pagam menos hoje

Os destaques ficam com os títulos de limitado prazo atrelados à inflação, que pagam menos frente à sessão anterior, assim uma vez que os papéis prefixados de prazo intermediário.

• Por volta de 15h26, os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+) com vencimento em 2029 pagavam 7,48%, inferior dos 7,52% de ontem.
• Entre os títulos atrelados à inflação de longo prazo, aqueles com vencimento em 2040 eram negociados a 7,03%, patamar pouco inferior da última sessão, de 7,04%. As taxas dos papéis com vencimento em 2050 permaneciam em 6,98%.
• No caso dos prefixados, os títulos com vencimento em 2028 ofereciam um retorno de 13,60%, pouco menos do que os 13,61% de ontem. Os papéis com vencimento em 2032 pagavam 13,88%, inferior dos 13,92%, da sessão anterior. Nos de mais longo prazo, com vencimento em 2035 e pagamento de juros semestrais, as taxas caíam para 13,95%, perante 14,03% na véspera.

Tesouro Selic, IPCA+ ou Prefixado?

Harion Camargo, consultor de investimentos, comenta que os títulos do Tesouro Direto continuam sendo uma opção sólida para investidores em um cenário econômico marcado por juros elevados e incertezas fiscais.

“A taxa Selic está atualmente em 14,75%, segundo decisão do Copom em maio, enquanto a inflação se mantém próxima ao teto da meta de 4,5%, garantindo aos títulos públicos retornos atrativos e segurança para diferentes perfis e prazos”, afirma.

Entre os papéis oferecidos pelo governo, Camargo avalia que o Tesouro Selic, com vencimentos próximos uma vez que 2028 e 2031, permanece a selecção mais segura e líquida, ideal para quem procura menor volatilidade.

“Uma vez que a rentabilidade desses títulos acompanha a Selic, que está em patamar ressaltado, eles são indicados para reservas de emergência e investidores que desejam flexibilidade no limitado prazo”, defende o técnico.

Os títulos atrelados à inflação (Tesouro IPCA+), por sua vez, oferecem taxas reais próximas a 7% para vencimentos longos, uma vez que 2045, o que os torna estratégicos para quem procura proteção contra a inflação e retornos consistentes no longo prazo. Camargo pondera, no entanto, que é preciso ter desvelo ao investir nesses papéis

“Esses títulos podem apresentar volatilidade no limitado prazo devido à marcação a mercado, principalmente diante da possibilidade de subida da Selic para 15%, conforme apontam as projeções”.

Na visão do técnico, os papéis prefixados oferecem taxas fixas atraentes, entre 13,6% e 14%, mas Camargo labareda atenção para os resgates realizados antes do vencimento do prazo.

“Os prefixados exigem maior cautela, pois em um cenário de juros possivelmente em subida, resgates antes do vencimento podem acarretar perdas. Assim, são mais recomendados para investidores que planejam mantê-los até o final”, diz.