Trabalhador brasiliano não se sustenta a partir do salário, aponta pesquisa
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O trabalhador brasiliano, seja em regime de carteira assinada (CLT) ou pessoa jurídica (PJ), não consegue se sustentar somente com o salário. É o que aponta uma pesquisa realizada pela consultoria de dados SalaryFits, que pertence ao Serasa Experian. No estudo, 54% dos trabalhadores não consegue manter o numerário suado do ofício na conta fluente até o final do mês.
A pesquisa do Serasa reuniu entrevistas com 1.029 funcionários de empresas públicas e de empresas privadas nos regimes CLT e PJ. Foram perguntados sobre porquê complementam a renda, quais os principais gastos com salário e qual o perfil das despesas.
Na fatia dos trabalhadores que não conseguem manter o salário na conta, 49% dizem complementar o sustento com uma renda extra. A maior segmento contrata empréstimo, cheque privativo ou faz uso de cartão de crédito para obter esse respiro no orçamento. Essa fatia dos entrevistados admite ainda tirar da renda da família para complementar o salário.
A procura por renda extra tem sido uma estratégia para evitar o endividamento, afirma Délber Lage, presidente da SalaryFits. “Segmento dos trabalhadores está firme e consegue finalizar o mês com o salário na conta, indicando uma verosímil reorganização financeira“, comenta o responsável pela pesquisa.
O gasto com sustento compromete a maior segmento da renda do trabalhador brasiliano. A pesquisa indica que 77% dos entrevistados comprometem a maior segmento do salário para colocar comida na mesa. A segunda maior despesa que tira maior segmento do salário vem das contas de luz, chuva e outras necessidades básicas.
Linhas de financiamento de veículos, e imóveis, entre outras, compromete a maior segmento da renda para 52%.
A pesquisa do Serasa mostra que somente dois em cada dez trabalhadores relataram ter controle totalidade sobre sua própria vida financeira. Esse controle sobre gastos e despesas varia de geração para geração e, pasmem, quem tem menos consciência sobre os próprios orçamento é a Geração Z.
Os Gen Z direcionam 17% da renda extra, obtida fora do ofício, para remunerar o cartão de crédito. Outrossim, outros 13% do orçamento vão para despesas com lazer, segunda maior manadeira de gastos dos mais jovens.
A renda extra dos Millenials vai mais para as dívidas (15%) e sustento (13%). Os mais velhos da Geração X gastam mais com cartão de crédito, mas fazem mais uso do numerário para pagamento de dívidas (13%).
Trabalhadores da Classe C – considerados de classe média no Brasil e que ganham entre sete a dez salários mínimos – e em regime de pessoa jurídica também são destaques entre os que não têm controle da vida financeira.
O repto de trinchar gastos impede a geração de uma suplente de emergência, nota o Serasa.
No levantamento, consta que somente 25% dos trabalhadores conseguiam custear despesas de R$ 10 milénio por mês. Para mais da metade dos trabalhadores, “o dispêndio de vida continua superior à renda“, diz Lage.
A falta de controle no orçamento reforça “a urgência de ampliar o chegada ao crédito de forma mais adequada à veras do trabalhador, além de incentivar práticas de planejamento e instrução financeira”, conclui o CEO da SalaryFits.
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