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Tropicalização da economia dos EUA pode beneficiar a bolsa do Brasil?

Tropicalização da economia dos EUA pode beneficiar a bolsa do Brasil?

Tropicalização da economia dos EUA pode beneficiar a bolsa do Brasil?

Tropicalização da economia dos EUA pode beneficiar a bolsa do Brasil?

Acontece que esse jogo se vira agora contra os próprios investidores dos Estados Unidos.

Enquanto a economia americana enfrenta a escalada de riscos político, fiscal, agentes do mercado financeiro global são reapresentados às ameaças de Donald Trump à independência do Federalista Reserve (Fed, o banco mediano do país).

  • O cenário joga contra a moeda americana, conforme o risco de investir lá deixa de parecer alguma coisa tão remoto. Assim, o dólar mercantil cedeu 0,48% contra o real, a R$ 5,47. Na semana, ainda acumula lucro de 1,38%, mas, em agosto, tem queda de 2,28%. Do início do ano até cá, a lema dos EUA ficou 11,44% mais barata para o brasiliano.

Aquém da risco do Equador, os ativos domésticos ainda ganharam fôlego com a disparada do petróleo, depois a surpresa de estoques aquém do esperado nos EUA. Esse cenário fortalece perspectivas de a commodity se valorizar no mercado internacional, o que mais do que compensa a desvalorização da moeda americana para as empresas com receitas dolarizadas.

Porquê é o caso da gigante Petrobras, cuja subida dos papéis nesta quarta (20) ajudou a sustentar o Ibovespa no campo positivo, embora muito perto da segurança.

  • O Ibovespa subiu 0,17%, nos 134.666 pontos. Na semana, as perdas somam 1,23% e, no mês de agosto, a carteira ainda salva valorização de 1,2%. Do prelúdios do ano até cá, a carteira já avançou 11,96%.

Resumidamente, os bancos ainda gozam da regalia de cancelarem produtos de clientes unilateralmente. Porém a lei Magnitsky, dos EUA, não pode ser a direcionadora dessa decisão.

Com o risco minimizado, cessou a fuga do risco nesses papéis.

  • Das 84 ações que fazem secção do Ibovespa atualmente, 47 valorizaram nesta sessão.

Mas a cautela ainda segue elevada nos mercados mundo afora. E, por cá, não foi dissemelhante hoje.

  • O movimento financeiro do Ibovespa hoje foi de R$ 12 bilhões, 27% aquém da média diária dos últimos 12 meses, de R$ 16,4 bilhões.

A bolsa do Brasil pode se beneficiar?

O mercado dos EUA ainda se aproxima de um ponto de inflexão: a retomada ou não dos cortes nos juros na reunião do Fed em setembro. Cá, sua história começa a permanecer bastante parecida com alguma coisa que o Brasil viveu recentemente.

Será que as ameaças de Trump influenciarão essa decisão? Mesmo que secção dos dados econômicos corroborem por um incisão de juros, a autonomia política do banco mediano americano foi posta em xeque. E, ao menor sinal de interferência política, a credibilidade da poder monetária da maior potência econômica do mundo pode ir para o ralo.

O momento é particularmente quebrável porque o segundo procuração de Jerome Powell na presidência do Fed chegará ao termo em maio de 2026. A próxima chefia do banco mediano dos EUA será indicada por Trump e, pela dinâmica estabelecida pelo republicano, ele deve querer ditar o rumo para as taxas.

A escalada desse risco nos EUA pode ser uma boa notícia para a bolsa do Brasil caso isso signifique a retomada do movimento de rotação do capital para fora das bolsas de Novidade York. Neste caso, as ações domésticas voltariam a surfar mais um impulso do capital gringo, que garantiu ao Ibovespa a renovação das máximas neste ano.

Ou por outra, com os preços esticados das ações das grandes empresas de tecnologia, especialistas já alertam que a tese da Lucidez Sintético (IA) pode estar perto do limite nas bolsas. Isso significaria um termo – ou só uma pausa – nesse rali, que tem reservado as máximas dos índices americanos.

Mas existe um outro lado. Neste caso, um novo revés para a renda variável brasileira.

  • A taxa de Repositório Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 seguiu em 14,91% ao ano. Prêmios em contratos de limitado prazo estão mais ligados às expectativas dos investidores para a Selic.
  • No médio prazo, os retornos da taxa para janeiro de 2029 foram de 13,45% para 13,33% ao ano.
  • Já para janeiro de 2036, a taxa subiu de 13,80% para 13,77% ao ano. Vencimentos com prazos mais longos refletem uma maior preocupação com calote do governo.

Se, para provar sua independência da gestão Trump, o comitê de decisões monetárias do Fed precisar endurecer o tom, deve segurar os juros altos por mais tempo lá fora. Embora um cenário com menor verosimilhança de intercorrer, ele dependerá do comportamento de indicadores da economia americana.

Caso haja mesmo um repique da inflação com os choques provocados pelo tarifaço de Trump, os EUA se aproximam do monstrengo da estagflação – um fenômeno paradoxal que combina desaceleração da atividade com subida resiliente dos preços.

Nesse quadro, o Brasil pode ser prejudicado, de um lado, pela redução da demanda global por commodities (que pressiona os preços para insignificante) e, do outro, pelo menor espaço para trinchar a Selic.

E aí a situação para a bolsa pode se complicar.

Comportamento das ações do Ibovespa em 20/8/2025

Código Nome Sinceridade Mínima Média Máxima Fechamento Var. %
PCAR3 P.ACUCAR – CBD ON 2,90 2,84 3,05 3,18 3,15 8,62
UGPA3 ULTRAPAR ON 17,30 17,28 17,89 18,06 18,01 4,35
AURE3 AUREN ON 10,35 10,22 10,58 10,78 10,78 4,05
CMIG4 CEMIG PN 10,60 10,58 10,84 10,97 10,97 3,78
RADL3 RAIA DROGASIL ON 17,45 17,35 17,78 18,00 17,90 3,17
ENEV3 ENEVA ON 13,65 13,65 14,05 14,18 14,11 2,92
BRKM5 BRASKEM PNA 7,72 7,68 7,86 8,03 7,92 2,59
SANB11 SANTANDER BR UNIT 26,08 25,80 26,38 26,59 26,48 2,08
BEEF3 MINERVA ON 5,27 5,24 5,37 5,47 5,36 1,71
ENGI11 ENERGISA UNT 45,56 45,52 46,30 46,65 46,58 1,70
VIVA3 VIVARA ON 27,05 26,86 27,52 27,79 27,73 1,69
SMTO3 SAO MARTINHO ON 16,37 16,33 16,58 16,70 16,64 1,65
PSSA3 PORTO SEGURO ON 51,57 51,51 52,47 52,86 52,63 1,58
BRAV3 BRAVA ON 18,80 18,65 18,83 19,00 18,93 1,56
IGTI11 IGUATEMI S.A UNT 21,62 21,60 21,92 22,14 22,03 1,33
ELET3 ELETROBRAS ON 41,70 41,49 41,94 42,16 42,12 1,32
WEGE3 WEG ON 35,54 35,25 35,84 36,07 36,07 1,32
PRIO3 PETRORIO ON 37,02 36,95 37,34 37,67 37,30 1,22
CPLE6 COPEL PNB 11,84 11,74 11,93 12,00 12,00 1,01
DIRR3 DIRECIONAL ON 13,80 13,64 13,88 13,98 13,97 1,01
MULT3 MULTIPLAN ON 25,98 25,80 26,28 26,46 26,35 0,92
PETR3 PETROBRAS ON 32,53 32,51 32,70 32,83 32,68 0,83
MOTV3 MOTIVA SA ON NM 13,05 12,83 13,12 13,33 13,00 0,78
EQTL3 EQUATORIAL ON 34,74 34,74 35,11 35,29 35,29 0,74
ISAE4 ISA ENERGIA PN 21,88 21,88 22,00 22,07 22,03 0,69
PETR4 PETROBRAS PN 30,12 30,10 30,23 30,36 30,22 0,60
IRBR3 IRBBRASIL RE ON 46,18 46,10 46,39 46,85 46,57 0,58
POMO4 MARCOPOLO PN 8,96 8,87 8,94 9,01 9,01 0,56
BBDC3 BRADESCO ON 13,45 13,41 13,57 13,67 13,60 0,44
ELET6 ELETROBRAS PNB 45,17 44,95 45,45 45,81 45,57 0,40
HYPE3 HYPERA ON 22,96 22,95 23,26 23,61 23,25 0,39
TAEE11 TAESA UNIT 33,11 32,97 33,22 33,26 33,24 0,39
BBDC4 BRADESCO PN 15,76 15,63 15,83 15,93 15,84 0,32
BBAS3 BRASIL ON 19,77 19,53 19,82 20,03 19,86 0,30
SBSP3 SABESP ON 115,63 114,62 115,44 116,09 115,58 0,30
SLCE3 SLC AGRICOLA ON 16,96 16,89 17,04 17,24 17,02 0,29
CPFE3 CPFL ENERGIA ON 38,87 38,48 38,82 39,06 38,98 0,28
ITSA4 ITAUSA PN 10,53 10,50 10,59 10,66 10,61 0,28
ABEV3 AMBEV S/A ON 12,05 11,91 12,09 12,15 12,10 0,25
CMIN3 CSN MINERACAO ON 4,80 4,76 4,79 4,83 4,79 0,21
VIVT3 TELEF BRASIL ON 33,78 33,67 34,05 34,32 33,94 0,12
CXSE3 CAIXA SEGURI ON 13,64 13,55 13,63 13,71 13,59 0,07
ITUB4 ITAU UNIBANCO PN 36,27 36,05 36,36 36,53 36,33 0,06
EGIE3 ENGIE BRASIL ON 39,42 39,29 39,63 39,82 39,52 0,05
RDOR3 REDE D OR ON 37,19 36,88 37,28 37,65 37,34 0,05
VBBR3 VIBRA ON 20,53 20,50 20,63 20,78 20,67 0,05
TOTS3 TOTVS ON 41,69 41,11 41,60 41,98 41,50 0,02
ASAI3 ASSAI ON 9,86 9,75 9,84 9,95 9,88 0,00
KLBN11 KLABIN S/A UNT 18,01 17,98 18,06 18,14 17,98 0,00
STBP3 SANTOS BR PART ON 14,12 14,12 14,13 14,14 14,13 0,00
TIMS3 TIM ON 22,21 22,14 22,34 22,52 22,32 -0,04
FLRY3 FLEURY ON 13,96 13,86 13,98 14,06 13,95 -0,07
ALOS3 ALLOS ON 22,69 22,50 22,62 22,86 22,66 -0,13
RECV3 PETRORECSA ON 12,44 12,31 12,39 12,49 12,33 -0,16
NATU3 NATURA ON 8,42 8,21 8,29 8,50 8,38 -0,24
PETZ3 PETZ ON 3,88 3,86 3,91 3,96 3,88 -0,26
BRFS3 BRF SA ON 19,93 19,20 19,59 19,93 19,83 -0,35
GOAU4 GERDAU MET PN 8,96 8,94 9,00 9,12 8,99 -0,44
VALE3 VALE ON 52,90 52,86 53,05 53,27 53,00 -0,45
CVCB3 CVC BRASIL ON 2,03 1,98 2,01 2,03 2,00 -0,50
SMFT3 SMART FIT ON 23,23 22,96 23,10 23,26 23,15 -0,64
COGN3 COGNA ON 2,81 2,77 2,79 2,82 2,77 -0,72
HAPV3 HAPVIDA ON 37,86 37,24 37,51 38,00 37,54 -0,74
BRAP4 BRADESPAR PN 15,77 15,68 15,76 15,88 15,70 -0,76
VAMO3 VAMOS ON 3,77 3,61 3,68 3,78 3,67 -0,81
BBSE3 BB SEGURIDADE ON 32,22 31,71 31,84 32,28 31,92 -0,93
RAIZ4 RAIZEN PN 1,05 1,01 1,03 1,06 1,03 -0,96
SUZB3 SUZANO S.A. ON 52,91 52,39 52,64 53,22 52,49 -0,98
YDUQ3 YDUQS PART ON 13,06 12,90 12,98 13,11 12,93 -1,00
LREN3 LOJAS RENNER ON 15,87 15,67 15,82 15,98 15,71 -1,01
CSNA3 SID NACIONAL ON 6,84 6,73 6,78 6,88 6,77 -1,02
BPAC11 BTGP BANCO UNT 43,31 42,73 43,08 43,44 43,02 -1,10
EMBR3 EMBRAER ON 77,00 74,37 75,45 77,62 76,10 -1,17
USIM5 USIMINAS PNA 4,03 3,97 4,00 4,05 3,97 -1,24
GGBR4 GERDAU PN 16,25 15,97 16,12 16,45 16,07 -1,29
CYRE3 CYRELA REALT ON 24,73 24,47 24,62 24,90 24,54 -1,33
CSAN3 COSAN ON 5,40 5,28 5,39 5,48 5,32 -1,48
B3SA3 B3 ON 12,53 12,22 12,38 12,57 12,33 -1,60
RENT3 LOCALIZA ON 33,88 33,10 33,37 33,89 33,24 -1,66
MRVE3 MRV ON 7,24 7,09 7,15 7,30 7,11 -1,80
MGLU3 MAGAZINE LUIZA ON 6,93 6,63 6,76 6,93 6,68 -2,62
RAIL3 RUMO S.A. ON 15,42 14,80 15,06 15,56 14,95 -3,11
MRFG3 MARFRIG ON 23,51 22,66 23,00 23,51 22,66 -3,16
AZZA3 AZZAS 2154 ON 32,36 30,93 31,44 32,41 31,33 -3,42

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