Uso de benefícios corporativos para qualificação cresce no Brasil

O volume de transações com benefícios flexíveis destinados à instrução cresceu 23% em 2024, em confrontação ao mesmo período de 2023, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (24) – Dia Internacional da Instrução pela ONU -, pela Flash, plataforma de gestão da jornada de trabalho.

Em média, no Brasil, o investimento médio dos trabalhadores tem sido de R$ 100 a cada compra.

• Os profissionais da região Setentrião são os que têm um gasto médio mais eminente por transação com a categoria de Instrução, registrando R$ 122,20, seguidos pelo Sudeste (R$ 104,10), Núcleo-oeste (R$ 100,60) e Sul (R$ 89,35). Por outro lado, o Nordeste apresentou o menor gasto médio, de R$ 79,40. A plataforma explica que o gasto médio por transação está mais relacionado ao dispêndio dos serviços disponíveis nas regiões do que exclusivamente ao interesse dos profissionais, pois o oferecido mostra o valor gasto pelos trabalhadores em cada compra realizada.
• Entre aqueles que mais usaram o recursos para gastos com instrução no ano pretérito, a maioria trabalha em empresas de Tecnologia da Informação e Informação (24,55%) e Negócio (13%). Atividades profissionais, científicas e técnicas (12%), atividades administrativas e serviços complementares (10%), indústrias da transformação (9%) e serviços financeiros (8%) aparecem na sequência.

O retrato leva em consideração o comportamento de mais de 1 milhão de usuários em todo o Brasil.

Na prática, os benefícios flexíveis permitem escolher uma vez que gastar os valores disponíveis e podem incluir vale-refeição, vale-alimentação, mobilidade, cultura, saúde, entre outros. Isadora Gabriel, diretora de Recursos Humanos da Flash, explica que o vale-refeição e vale-alimentação podem ser enquadradas nas regras do PAT (Programa de Alimento do Trabalhador).

Quando isso ocorre, as empresas têm a possibilidade de descontar um percentual na folha de pagamento, conforme previsto nas convenções coletivas. Por outro lado, os benefícios que não se enquadram em nenhuma categoria específica do PAT geralmente não são descontados da folha.

Segundo o levantamento da Flash, as empresas que adotam esse padrão disponibilizaram um valor médio mensal de R$598 por pessoa em 2024. Já em São Paulo, estado que frequentemente lidera em remunerações e benefícios, a média foi um pouco mais subida, chegando a R$646,54.

Na avaliação do instituto holandês Top Employers Institute (que acompanha o mercado de trabalho brasílico desde 2011), a personalização dos benefícios se tornou um fator decisivo para a retenção e o engajamento dos funcionários, principalmente em um cenário de transformação nas expectativas das novas gerações.

De concordância com dados do relatório Gen Z, Redefining the Future of Work (Geração Z, Redefinindo o Porvir do Trabalho), desenvolvido pela entidade, 62% destes jovens afirmam que aceitariam um salário menor em troca de um melhor estabilidade entre vida pessoal e profissional.

Raphael Henrique, gerente regional para a América Latina do Top Employers Institute, explica que o oferecido destaca uma tendência crescente que é da valorização de benefícios mais personalizados, que atendem a diferentes estilos de vida e prioridades, já que a flexibilidade não é mais uma opção, mas uma expectativa crescente entre os funcionários.