Vale a pena investir nas ações da B3 posteriormente o aumento no lucro?

A receita da controladora da bolsa brasileira cresceu 2%, para R$ 2,8 bilhões, com progresso em quase todos os segmentos de atuação. A exceção foi a ramificação “mercados”, que inclui as receitas de derivativos, renda fixa e crédito, renda variável e empréstimo de ativos. No segmento, que é o mais representativo nos resultados, o faturamento caiu quase 3%, para R$ 1,8 bilhão.

O exegeta Ilan Albertman, da corretora Ativa, afirma que o desempenho reforça a qualidade do padrão de negócios diversificado, que tem demonstrado resiliência mesmo em ambientes mais desafiadores. Ela avalia que o controle de custos permanece disciplinado e dentro das expectativas.

“Destacamos positivamente o controle de despesas, mesmo diante do progresso em custos de pessoal e tecnologia da informação. Por outro lado, o envolvente competitivo doméstico começa a se solidar, o que pode pressionar margens e limitar a capacidade das ações de tomar ganhos adicionais de preço”, diz. A ativa conta com recomendação neutra para a ação.

Já os analistas da corretora Genial, liderados por Eduardo Nishio, aconselham comprar os papéis da B3. Eles afirmam que o balanço veio em risca com o esperado e que a diversificação de portfólio da companhia ajudou a recompensar a queda de receita em ações e derivativos, principais linhas de negócio da B3.

“Os dados parciais de outubro indicam manutenção de volumes estáveis no mercado à vista, em um envolvente ainda reptador, com juros altos e incertezas fiscais que seguem incentivando a transmigração para renda fixa. Mas, já em novembro, observamos o Ibovespa renovando máximas históricas, impulsionado pelo fluxo estrangeiro positivo para emergentes — movimento que, se sustentado, pode marcar o início de um novo ciclo de valorização e retomada de volumes para a bolsa brasileira”, dizem.

Na estudo da mansão, se, por um lado, a questão fiscal ainda limita o gosto do investidor lugar, por outro, o ano eleitoral de 2026 — com potencial de alternância de poder — pode servir uma vez que catalisador de fluxo e subida de ativos domésticos. Nesse contexto, a B3 se destaca uma vez que um dos principais veículos para tomar esse movimento.

“No entanto, o envolvente competitivo tende a se intensificar com o progresso das novas bolsas — A5X, no segmento de derivativos, e Base, no mercado à vista. Apesar de esperarmos impactos limitados no limitado prazo, a possibilidade de ingressão efetiva dessas plataformas deve permanecer no radar dos investidores”, afirmam.