Vale a pena investir nas ações da WEG (WEGE3)? Bancos revisam recomendações
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O Citi e o Bradesco BBI cortaram o preço-alvo da WEG (WEGE3), destacando fraqueza nos próximos trimestres, mas reforçam a aposta na companhia no longo prazo, devido a uma maior demanda por data centers. Por outro lado, mesmo diante das incertezas no limitado prazo, o Itaú recomenda compra para os papéis da empresa.
Citi e Bradesco adotam postura cautelosa
O Citi alterou sua visão sobre a WEG (WEGE3), cortando a recomendação de compra para neutra e reduzindo o preço-alvo de R$ 53 para R$ 40.
De concórdia com os analistas André Mazini, Kiepher Kennedy e Piero Trotta, o principal duelo da companhia está no segmento de motores elétricos de ciclo limitado, que deve enfrentar um cenário opoente no segundo semestre.
O banco projeta uma queda de 1% na receita nesse período e avalia que o desenvolvimento consistente só deve voltar no terceiro trimestre de 2026. Ou por outra, as margens devem suportar com o impacto das tarifas de 50% sobre motores exportados do Brasil.
Olhando mais avante, no entanto, o Citi vê um horizonte promissor, com potencial para a WEG geminar sua capacidade de transformadores em 2026, se antecipando aos concorrentes em um mercado aquecido pela demanda de data centers.
O Bradesco BBI também reduziu o preço-alvo da ação de R$ 50 para R$ 44, mantendo a recomendação neutra.
Os analistas liderados por Daniel Federle afirmam que, embora o potencial de longo prazo seja positivo, os próximos resultados da empresa, mormente do 4º trimestre de 2025 e do 1º trimestre de 2026, tendem a ser fracos, o que pode deixar as ações sem catalisadores no limitado prazo.
O Bradesco BBI também destaca que, no evento para investidores desta semana, a companhia deve substanciar sua visão otimista sobre o horizonte e revelar a resiliência do portfólio diversificado.
Hoje, WEG negocia a 23 vezes o preço sobre lucro (P/L) estimado para 2026, nível que representa desconto de 10% em relação aos pares globais, mas ainda com expectativa de desenvolvimento menor que o de concorrentes internacionais.
Na contramão, o Itaú BBA manteve a recomendação de compra, ainda que tenha desunido o preço-alvo de R$ 54 para R$ 46.
Os analistas Daniel Gasparete, Gabriel Rezende e Pedro Tineo reconhecem os riscos de limitado prazo, diante de uma queda acumulada de 31% no ano, contra subida de 22% do Ibovespa.
A perenidade do momento operacional fraco e o impacto das tarifas de importação dos EUA podem reduzir margens em até 170 pontos-base até o término de 2025, segundo os especialistas.
Ou por outra, a percepção de desenvolvimento deve ser afetada pela valorização do real e pelo término do impulso da compra da Regal.
Ainda assim, o Itaú argumenta que, mesmo diante das inflexões negativas nas expectativas de lucro, os múltiplos da WEG parecem atrativos em relação à sua história. Na visão do banco, a ação continua oferecendo oportunidade de valorização para investidores dispostos a esperar a normalização do ciclo.
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