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Vale (VALE3) atravessa seu melhor momento em 20 anos, diz BTG; ações disparam

Vale (VALE3) atravessa seu melhor momento em 20 anos, diz BTG; ações disparam

Vale (VALE3) atravessa seu melhor momento em 20 anos, diz BTG; ações disparam

Vale (VALE3) atravessa seu melhor momento em 20 anos, diz BTG; ações disparam

As ações da Vale (VALE3) operam em possante subida na bolsa nesta quarta-feira (3), depois a companhia substanciar a leitura de uma empresa mais previsível, com foco em geração de caixa e retorno aos acionistas no tradicional Vale Day. O evento consolidou a percepção de que a mineradora entrou em um novo ciclo, marcado por maior disciplina operacional e financeira.

  • Por volta de 15,30 os papéis da mineradora disparavam 3,23%, a R$ 70,69.

Na avaliação de analistas do BTG Pactual, a Vale “virou a página” dos principais problemas dos últimos anos, porquê os impactos de Brumadinho, os desafios institucionais, a situação da Samarco e a instabilidade operacional, e vem recuperando gradualmente a crédito dos investidores.

Vale mais simples, previsível e focada em caixa

Segundo os especialistas do BTG, a Vale vive hoje um momento mais “limpo” do ponto de vista operacional, com menos ruídos e maior previsibilidade.

A mensagem medial apresentada ao mercado foi a de uma companhia focada em minério de ferro e cobre, com o níquel operando dentro de seus próprios limites, inferior uso de capital (capex-light) e prioridade clara para retorno de caixa aos acionistas.

A mineradora também mantém uma visão construtiva para o minério de ferro no médio e longo prazos. A empresa enxerga desenvolvimento estrutural da produção de aço no mundo, altas taxas de exaustão de minas globais e um suporte estrutural de preços ao volta de US$ 100 por tonelada, supra do consenso de mercado, em torno de US$ 85.

Na atualização de expectativas apresentada antes do Vale Day, a companhia projetou para 2026 uma produção de minério de ferro entre 335 milhões e 345 milhões de toneladas, com dispêndio caixa C1 entre US$ 20 e US$ 21,5 por tonelada.

O dispêndio totalidade (all-in) do minério foi estimado entre US$ 52 e US$ 56 por tonelada, supra do piso esperado pelo mercado e com potencial de surpresa positiva nos resultados.

Para os metais básicos, a Vale estima produção de 350 milénio a 380 milénio toneladas de cobre e de 175 milénio a 200 milénio toneladas de níquel em 2026.

Na leitura do mercado, o conjunto das projeções reforça a trajetória de melhora operacional da companhia, com um perfil considerado realista e conservador, mas com espaço para revisões positivas ao longo dos próximos trimestres.

Dividendos elevados seguem no radar

Outro ponto que sustenta a disparada das ações da Vale é a perspectiva de possante remuneração aos acionistas. Conforme estimativas de analistas, a empresa pode entregar retornos de caixa entre 10% e 12% em 2026, percentual proeminente mesmo para os padrões do setor de mineração.

Aliás, a Vale ainda negocia a múltiplos considerados atrativos quando comparada às concorrentes globais.

A ação é avaliada sobre 4 vezes EV/EBITDA, indicador que compara o valor totalidade da empresa na bolsa com sua geração de caixa operacional, enquanto mineradoras australianas operam entre 5 e 6 vezes, o que reforça o desconto relativo da Vale em relação aos pares.

Para os analistas, a vantagem em geração de fluxo de caixa livre frente aos pares, com retornos murado de 5 pontos percentuais superiores, ainda não foi totalmente atribuída pelo mercado.

Mesmo depois a possante valorização recente das ações, os analistas do BTG avaliam que a Vale ainda não representa uma “barganha absoluta”, mas segue atrativa dentro do setor. “Com fundamentos sólidos, disciplina de capital e possante geração de caixa, seguimos compradores do papel”, dizem.

gettyimages-1398379130 Vale (VALE3) atravessa seu melhor momento em 20 anos, diz BTG; ações disparam
— Foto: Getty Images

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