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Veja as 10 maiores altas do Ibovespa em maio

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Veja as 10 maiores altas do Ibovespa em maio

A última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) ajudou a dar um bom impulso nos ganhos das empresas de varejo dentro do Ibovespa em maio. Mesmo com o novo aumento da Selic, a taxa básica de juros, o Banco Mediano sinalizou que o processo de estabilização está mais próximo do que antes. Com isso, o mercado já faz as contas de quando a Selic passará a recuar, o que trouxe um impacto positivo para as companhias, observa João Daronco, exegeta da Suno Research.

Ou por outra, outros dois fatores explicam os ganhos mensais: as empresas divulgaram resultados com bons números no primeiro trimestre de 2025 e as companhias fazem secção do grupo de empresas cíclicas domésticas – aquelas sensíveis aos ciclos da economia sítio.

“Os números de atividade econômica ainda são bons, desemprego plebeu, e a economia está crescendo. Adicionalmente, as empresas cíclicas tendem a desempenhar melhor quando o mercado porquê um todo está subindo, o que já vem acontecendo há alguns meses”, detalha Fernando Siqueira, responsável pela dimensão de pesquisa da Eleven Financial.

Para Marcos Duarte, exegeta director da Descomplica Investimento, os números da Lojas Renner mostram que a empresa está dando “um passo detrás para dar 2 pra frente”.

“A empresa (ativo) encolheu desde 2022. Entretanto, se olharmos num contexto mais de médio prazo, a receita, dividendos, retorno sobre o capital investido entre outros indicadores, vieram melhores numa perspectiva de negócio. Isso quer expor que está mais eficiente. Para os próximos meses, o foco das análises é se essa eficiência irá continuar, ou se teremos mais uma “perna” de encolhimento da empresa em si”, observa.

O técnico recomenda que mesmo se tornando mais eficiente, focando em “ajustar uma peça de roupa ao seu biotipo atual para usá-la por mais tempo ao invés de comprar uma novidade”, o investidor deve se debruçar sobre os diferentes segmentos da empresa. “Quando um segmento da empresa apresenta lucros e outro prejuízo, esse é o risco mais subitâneo da companhia”, esclarece.

Siqueira, da Eleven Financial, acrescenta que as Lojas Renner fazem secção do grupo de grandes empresas do Ibovespa que ainda está sendo negociada inferior do preço-justo. “Vemos com bons olhos o varejo e gostamos de Lojas Renner dentro do setor e mantemos Vivara em algumas de nossas carteiras”.

As 10 melhores ações do Ibovespa em maio de 2025

1 AZZAS 2154 ON AZZA3 38,66
2 LOJAS RENNER ON LREN3 24,30
3 HAPVIDA ON HAPV3 23,28
4 ASSAI ON ASAI3 22,09
5 PETRORECSA ON RECV3 18,72
6 PORTO SEGURO ON PSSA3 18,37
7 MARFRIG ON MRFG3 18,30
8 BRADESCO PN BBDC4 18,13
9 REDE D OR ON RDOR3 17,99
10 VIVARA ON VIVA3 17,55

Apesar da taxa Selic ainda elevada (14,75%) encarecer o crédito ao consumidor e reduzir o poder de compra das famílias, o Assaí (ASAI3) conseguiu apresentar bons números trimestrais. O lucro da companhia subiu 95% no 1º tri com impulso de receitas financeiras. Além de apresentar maior faturamento, o resultado melhorou principalmente devido ao lucro das receitas financeiras, que incrementaram 93%, somando R$ 83 milhões.

A empresa tem uma “epístola na manga” que é o protótipo de atacarejo da empresa, lembra Duarte, da Descomplica Investimento. “O aumento no lucro líquido mostra que o protótipo de negócio tem sido muito sucedido no cenário atual e deve continuar se beneficiando do comportamento de consumo mais cordato, com os consumidores buscando opções de compras mais econômicas”, comenta.

O técnico da Descomplica Investimento aponta que a valorização no curtíssimo prazo (neste mês) mostra que a empresa é uma opção viável observando a resistência de R$ 14,50 e suporte em R$ 9 para um perfil mais invasivo de investimento. “ A empresa é uma opção dentro do setor para manutenção de ativos de longo prazo, comparada aos seus pares porquê Carrefour e Grupo Mateus, que merecem análises específicas.

Por outro lado, apesar de ver a companhia muito posicionada para aproveitar essa tendência de consumo, Duarte não considera o protótipo de incremento do Assaí porquê um pouco que, realmente, “salte aos olhos” do mercado no pequeno e médio prazo.

“Recentemente a empresa lançou debentures de R$ 1,5 bilhão para 4 anos. Ou seja, pegou moeda emprestado. A empresa aumenta o seu nível de dívida para manter a máquina girando, o que é um sinal de alerta”.

As duas empresas foram beneficiadas por sinais em várias seguradoras e operadoras de saúde de melhora na rentabilidade do setor no primeiro trimestre de 2025, explica Pedro Gonzaga, exegeta da Mantaro Capital.

“No caso da Rede D’Or, também foi positivo notar que o ritmo de exórdio de leitos operacionais em seus hospitais acelerou, atenuando a preocupação de investidores com seu projecto de expansão. Quanto à Hapvida, houve também alguns fatores positivos específicos em seu resultado. Suas despesas com contingências judiciais podem estar finalmente se acomodando. Ou por outra, a companhia mostrou possante geração de caixa no trimestre, além de números muito mais limpos do que no trimestre anterior”.

Numa temporada de resultados distintos para os bancos, o Bradesco se destacou positivamente.

Gustavo Gomes, responsável pela dimensão de renda variável da Acqua Vero, lembra que o lucro de R$ 5,8 bilhões veio quase 10% supra das estimativas de mercado.

Helenório Nissel, sócio da Rubik Capital, labareda atenção para o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido), que superou as expectativas. A carteira de crédito expandida de R$ 1 trilhão com inadimplência controlada também foi um elemento positivo. “O lucro de R$ 2,4 bilhões em seguros reforça a crédito dos investidores na recuperação do banco”, avalia.

Gomes, da Acqua Vero, ainda acrescenta que o fluxo de compras no papel no mês também labareda atenção – o volume se aproxima de R$ 14 bilhões, muito supra da média de R$ 11 bilhões, o que sinaliza o otimismo do mercado.

“A valorização do papel no ano é de aproximadamente 47% em 2025. O Bradesco volta ao radar dos grandes bancos, buscando reduzir a diferença de rentabilidade frente aos principais concorrentes, porquê o Itaú, que hoje apresenta ROE em torno de 22%. A perspectiva para os próximos meses segue positiva, com o banco demonstrando capacidade de recuperação consistente e retomada de protagonismo no setor.”

Bastou a Marfrig propor a tão aguardada fusão com a BRF para prometer posição entre as empresas com maiores valorizações dentro do Ibovespa em maio. A relação de troca proposta foi vista porquê favorável pelo mercado. O evento específico, no entanto, não muda a visão da Eleven Financial sobre o setor de frigoríficos.

“Entendemos que o melhor em termos de resultado já passou. Essas empresas se beneficiaram muito com a redução de custos por conta do preço dos grãos mais baixos, mas esse efeito já está ficando para trás. O Real, que também estava ajudando, voltou a respeitar, logo é um setor que temos evitado”, comenta Siqueira.

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positivo — Foto: Getty Images

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