×

Volatilidade no comando: uma vez que Trump chacoalhou o bitcoin no primeiro trimestre

Volatilidade no comando: uma vez que Trump chacoalhou o bitcoin no primeiro trimestre

Volatilidade no comando: uma vez que Trump chacoalhou o bitcoin no primeiro trimestre

Volatilidade no comando: uma vez que Trump chacoalhou o bitcoin no primeiro trimestre

O primeiro trimestre do ano no mercado de criptoativos veio dentro das expectativas: pleno de grandes emoções e poderoso volatilidade. Na verdade, o início do segundo procuração de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, maior economia e mercado financeiro do mundo, foi caótico em todos os mercados, resultado da novidade política tarifária aplicada aos seus parceiros comerciais globais, planos de interferência em conflitos na Europa e Oriente Médio e ameaças a inimigos declarados, uma vez que o Irã.

Nesse cenário, o bitcoin, primeira e maior criptomoeda em valor de mercado, oscilou conforme a maré: subiu 8% em janeiro e tombou 20% em fevereiro – maior queda desde junho de 2022 – e encerra março praticamente fixo. No termo das contas, a perda acumulada nos três primeiros meses de 2025 é de tapume de 10%.

No pormenor do período, vimos o bitcoin percutir novidade máxima histórica, de US$ 109.000, e desabar à mínima de US$ 76.000, uma variação negativa de 30%, até pousar no patamar dos US$ 80.000, nas últimas semanas.

Nesta segunda-feira (31), por volta de 17h30 (horário de Brasília), o bitcoin era negociado a US$ 82.700, segundo a plataforma agregadora de dados Coingecko..

“O primeiro trimestre foi muito conturbado não só para o bitcoin, mas para todos os mercados”, ressalta Beto Fernandes, exegeta da Foxbit. O bitcoin caiu 10%, no aglomerado dos três últimos meses, e junto com ele, o S&P 500 recua quase 5% e o Nasdaq mais de 8%. Logo, há uma pressão generalizada sobre ativos de risco, observa.

Fernandes aponta que esse movimento é resultado da macroeconomia e da forma uma vez que Donald Trump está afeito a fazer sua política. “O que era visto uma vez que positivo na narrativa trouxe, na prática, muito soído”, afirma.

Ele destaca que, além dos envolvimentos com as guerras em Gaza e na Ucrânia, o tarifaço anunciado já nas primeiras semanas de procuração foi um grande revés para os investidores. “Os Estados Unidos já estavam em um envolvente econômico multíplice e de subida inflação, e a perspectiva de aumento de taxas para importações e exportações só trouxe mais pressão para a projeção dos preços e do desempenho econômico do país”, reforça.

“O pico do bitcoin em janeiro, com a posse de Trump, foi fortemente especulativo”, acrescenta. “Seria difícil manter aqueles níveis se nenhum outro gatilho relevante aparecesse para os investidores, uma vez que de roupa ocorreu.”

Ana de Mattos, exegeta técnica e operadora parceira da plataforma Ripio, cita ainda que a concretização de uma das promessas de campanha de Trump, não trouxe o efeito positivo esperado: a autorização para a geração de uma suplente estratégica de bitcoins.

A euforia em torno da notícia acabou rápido, depois o mercado compreender detalhes sobre a iniciativa, que focou mais em reunir bitcoins confiscados em processos legais para serem mantidos uma vez que ativos de suplente pátrio, do que ir a mercado comprar novos tokens.

“Embora as expectativas em relação à decisão tenham sido reduzidas, é importante reconhecer que ela representa um novo marco de legitimação institucional para o bitcoin”, ressalta Mattos.

Para Fernandes, caso a macroeconomia comece a se ajustar, a inflação norte-americana fique mais controlada, e o Federalista Reserve (Fed, o banco médio dos EUA) tente promover cortes de juros, “poderemos ver mais uma pernada de subida para o bitcoin”. Por outro lado, se o cenário atual se mantiver, “há grandes chances de o mercado perder o fôlego e entrar em queda mais acentuada, mesmo que no limitado prazo”.

Segundo o exegeta, uma melhora ou piora do sentimento do investidor depende, portanto, da forma uma vez que o mercado vai reagir nesses próximos meses de governo Trump. “Os investidores já viveram isso e, depois um período, souberam se apropriar e ignorar certos ruídos”, pontua. “Ainda é cedo para exigir isso do mercado, mas é esse comportamento que vai ditar os próximos rumos.”

gettyimages-1078252090-1- Volatilidade no comando: uma vez que Trump chacoalhou o bitcoin no primeiro trimestre
— Foto: Getty Images

source

Publicar comentário